Conversas entre as pessoas do paraíso e as pessoas do inferno
O diálogo que ocorre entre as pessoas do paraíso e as pessoas cuja morada é o inferno é mencionado em várias passagens no Alcorão. Quando lemos e ponderamos sobre esses versículos devemos refletir e tentar aprender algo a partir do desespero daqueles que enfrentam os horrores do inferno. Devemos testar seus temores e aprender com seus erros. Ler sobre eles no Alcorão nos permite experimentar um pouco de sua dor e também ver o quão facilmente podemos evitar esse destino.
Perguntarão aos pecadores: "O que foi que vos introduziu no tártaro?" Responder-lhes-ão: "Não nos contávamos entre os que oravam, nem alimentávamos o necessitado; Ao contrário, dialogávamos sobre futilidades, com palradores, e negávamos o Dia do Juízo, até que nos chegou a (Hora) infalível!" (Alcorão 74:40-47)
E os diletos do Paraíso gritarão aos condenados, no inferno: "Verificamos que era verdade tudo quanto nosso Senhor nos havia prometido. Porventura, comprovastes que era verdade o que o vosso Senhor vos havia prometido? Dirão: Sim!" (Alcorão 7:44)
Os condenados ao inferno clamarão os diletos do Paraíso: "Derramai por sobre nós um pouco de água ou algo com que Deus vos agraciou." Dir-lhes-ão: "Deus vedou ambos aos descrentes." (Alcorão 7:50)
Está claro que o sofrimento daqueles no inferno aumenta ao serem capazes de ver e ouvir as bênçãos concedidas aos habitantes do paraíso.
Conversas entre os habitantes do paraíso
As palavras de Deus, no Alcorão, nos contam que os habitantes do paraíso perguntarão uns aos outros sobre suas vidas anteriores.
"E acercar-se-ão em tertúlias. Dirão: "Em verdade, antes estávamos temerosos pelos nossos familiares. Mas Deus nos agraciou e nos preservou do tormento do vento abrasador." (Alcorão 52:25-27)
A maioria dos versículos descrevendo as conversas entre as pessoas do paraíso confirmam que continuarão com seu comportamento virtuoso ao louvar e agradecer a Deus pelas bênçãos que Ele lhes concedeu. Embora tivessem acreditado na promessa de Deus e se comportado de acordo, a magnificência suprema do paraíso os toma de gratidão.
E dirão: "Louvado seja Deus, que nos tem livrado da aflição! O Nosso Senhor é Compensador, Indulgentíssimo. E, em virtude de Sua graça, alojou-nos na morada eterna, onde não nos molestará a fadiga, nem tampouco a languidez!" (Alcorão 35:34-35)
Dirão: "Louvado seja Deus, Que cumpriu a Sua promessa, e nos fez herdar a terra. Alojar-nos-emos no Paraíso onde quisermos. Quão excelente é a recompensa dos caritativos!" (Alcorão 39:74)
Conversas entre as pessoas do inferno
Quando as pessoas destinadas a passar a eternidade no inferno forem agrupadas para serem jogadas no fogo ficarão chocadas de as pessoas ou ídolos nos quais confiaram e seguiram não serem capazes de ajudá-las. Os líderes, que são chamados de arrogantes no Alcorão, admitem para seus seguidores fracos que eles próprios eram desviados. Assim, qualquer um que os tenha seguido, seguiu-os para uma vida desprovida de misericórdia.
E começarão a reprovar-se reciprocamente. Dirão: "Fostes vós, os da mão direita, que usáveis vir a nós." Responder-lhes-ão (seus sedutores): "Qual! Não fostes fiéis! E não exercemos autoridade alguma sobre vós. Ademais, éreis transgressores. E a palavra de nosso Senhor provou ser verdadeira sobre nós, e provaremos (o castigo). Seduzimos-vos, então, porque fôramos seduzidos." (Alcorão 37:27-32)
Todos comparecerão ante Deus! E os fracos dirão aos que se ensoberbeceram: "Já que fomos vossos seguidores, podereis, porventura, livrar-nos do castigo de Deus?" Responder-lhes-ão: "Se Deus nos houvesse encaminhado, o mesmo teríamos feito convosco; quer nos desesperemos, quer sejamos pacientes, não teremos escapatória." (Alcorão 14:21)
E quando o assunto de quem está destinado ao paraíso e quem está destinado ao inferno estiver decidido, Satanás, o mais infame e notório ocupante, revelará a grande verdade. É uma verdade e cenário que Deus nos revelou no Alcorão, mas que muitas pessoas não levam a sério. De que ele, Satanás, era um mentiroso. As promessas de Satanás nunca serão cumpridas, são vazias, e ele próprio acreditava em Deus.
E quando a questão for decidida, Satanás lhes dirá: "Deus vos fez uma verdadeira promessa; assim, eu também vos prometi; porém, faltei à minha, pois não tive autoridade alguma sobre vós, a não ser convocar-vos, e vós me atendestes. Não me reproveis, mas reprovai a vós mesmos. Não sou o vosso salvador, nem vós sois os meus. Renego (o fato de) que me tenhais associado a Deus, e os iníquos sofrerão um doloroso castigo!" (Alcorão 14:22)